Uso de smartphones no geoprocessamento

Nos últimos anos, a indústria de geoprocessamento testemunhou uma revolução tecnológica empolgante, impulsionada em grande parte pelo crescente uso de smartphones. O geoprocessamento, que envolve a coleta, análise e interpretação de dados geoespaciais, está desfrutando de avanços notáveis graças à versatilidade e acessibilidade desses dispositivos móveis.

Antes do advento dos smartphones, a coleta de dados geoespaciais era frequentemente realizada usando equipamentos caros e volumosos, como receptores GPS dedicados e sistemas de posicionamento geodésico. Esses métodos eram restritos a profissionais altamente especializados e, muitas vezes, eram inacessíveis para projetos de menor escala. No entanto, com smartphones amplamente disponíveis equipados com GPS de precisão interessante e sensores avançados, a coleta de dados geoespaciais tornou-se acessível a uma gama muito mais ampla de usuários.

Fonte: Freepik

Os smartphones permitem que profissionais de geoprocessamento coletem dados no campo de maneira eficiente. Isso inclui a captura de coordenadas GPS, fotos georreferenciadas, informações sobre recursos naturais e muito mais. Os dados coletados podem ser instantaneamente sincronizados com sistemas de informações geográficas (SIG) ou serviços em nuvem para análise posterior.

Uma ampla variedade de aplicativos específicos para geoprocessamento está disponível nas lojas de aplicativos. Essas ferramentas oferecem recursos como rastreamento de ativos, mapeamento de pontos de interesse, inspeções de campo e análise de terreno, tornando o geoprocessamento mais eficaz e acessível.

Com a capacidade de coletar e analisar dados geoespaciais em tempo real, os smartphones permitem que as equipes de campo tomem decisões mais informadas e rápidas. Isso é especialmente importante em setores como a agricultura, gestão de desastres e construção civil.

Além da coleta de dados, os smartphones oferecem acesso a informações geoespaciais remotas por meio de serviços de mapas online, imagens de satélite e dados de sensoriamento remoto. Isso permite que os profissionais de geoprocessamento tomem decisões baseadas em informações atualizadas e detalhadas.

Os smartphones também desempenham um papel fundamental no envolvimento do público em projetos de geoprocessamento. Aplicativos e plataformas de mídia social permitem que as pessoas compartilhem informações geográficas, relatem observações e participem ativamente de iniciativas de mapeamento colaborativo.

Vale ressaltar que o uso de smartphones no geoprocessamento também apresenta desafios, como a precisão limitada do GPS em áreas urbanas densamente construídas e a necessidade de gerenciar grandes volumes de dados geoespaciais. No entanto, as vantagens superam esses desafios, tornando os smartphones uma ferramenta valiosa para profissionais e entusiastas do geoprocessamento.

Os smartphones estão desempenhando um papel cada vez mais importante na revolução do geoprocessamento, tornando essa disciplina mais acessível, eficiente e orientada por dados. Com a contínua evolução da tecnologia móvel, podemos esperar que o geoprocessamento continue a se beneficiar do poder dos smartphones em um futuro próximo.

Um aplicativo para smartphone que vem ganhando espaço entre os profissionais é QField, uma versão do QGIS para ser usado em campo. Ele roda em Android e também é de código aberto. 

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