Saudações a todos os leitores do blog
GeoLuisLopes.
Neste post vamos
discutir sobre a utilização de jogos interativos digitais no entendimento dos
territórios, mais precisamente, das atividades de ensino do espaço geográfico.
Para a elaboração do texto utilizaremos 3 exemplos de jogos interativos,
evidenciando que existe uma vasta literatura disponível na internet para todos aqueles que se interessarem em aprofundar o
conhecimento sobre o assunto, brevemente discutido neste texto. Boa leitura...
Os jogos sempre foram mecanismos
eficazes para se ensinar, de forma lúdica, diversos assuntos em sala de aula,
pois as atividades com caráter lúdico atraem a atenção dos educandos e se
tornam ferramentas importantes para o ensino e para o entendimento do espaço
geográfico (NEVES;
NASCIMENTO & CARVALHO, 2013).
O educador pode recorrer ao uso de diversas metodologias que envolvem jogos interativos para a dinamização de sua aula. Nesse caso, não necessariamente, os jogos devem ter ligação direta com o uso de computadores, mas devem ter relação com o assunto e a metodologia escolhida para facilitar o processo de ensino-aprendizagem.
O uso de jogos tradicionais, como o de “caça ao tesouro” ou “batalha naval”, são práticas metodológicas há muito tempo aplicadas pelos educadores em sala de aula para a explicação da localização e endereçamento dos objetos e fenômenos que se processam na superfície da Terra e, com o advento da informática, a forma lúdica de trabalhar com os jogos interativos no ensino de geografia pôde ser potencializada. Ou seja, com a utilização de jogos em ambiente computacional, o educador criou a possibilidade de motivar cada vez mais o alunado a manipular os jogos e com isso entender melhor as estratégias geográficas que podem ser relacionadas ao assunto discutido em sala.
O educador pode recorrer ao uso de diversas metodologias que envolvem jogos interativos para a dinamização de sua aula. Nesse caso, não necessariamente, os jogos devem ter ligação direta com o uso de computadores, mas devem ter relação com o assunto e a metodologia escolhida para facilitar o processo de ensino-aprendizagem.
O uso de jogos tradicionais, como o de “caça ao tesouro” ou “batalha naval”, são práticas metodológicas há muito tempo aplicadas pelos educadores em sala de aula para a explicação da localização e endereçamento dos objetos e fenômenos que se processam na superfície da Terra e, com o advento da informática, a forma lúdica de trabalhar com os jogos interativos no ensino de geografia pôde ser potencializada. Ou seja, com a utilização de jogos em ambiente computacional, o educador criou a possibilidade de motivar cada vez mais o alunado a manipular os jogos e com isso entender melhor as estratégias geográficas que podem ser relacionadas ao assunto discutido em sala.
Na figura 1 vemos a tela principal do geo-jogo* “batalha naval”, antes praticada fora do computador, mais que agora pode ser agregada mais aplicativos, sons e ícones que podem servir na discussão sobre a rede geográfica de coordenadas, exemplo do que são os meridianos e paralelos e no estímulo do desenvolvimento da orientação dos alunos (rosa dos ventos, esquerda, direita, norte, sul, leste, oeste, nordeste, sudeste, etc).
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Figura 1: Tela do jogo Batalha Naval on line. Fonte: http://migre.me/iM49l |
A criação de outros “jogos de tabuleiro”
tradicionais, como a batalha naval, que migraram e foram incorporados pela
informática vem potencializando as explicações sobre espaço geográfico e seus
atributos, nas aulas daqueles educadores que tem acesso e conhecimento sobre
como inserir em seu cotidiano profissional o conhecimento sobre o conteúdo
agregado com os benefícios do computador e da internet.
Como
exemplo de jogos interativos que tem na estratégia geográfica seu principal
foco temos os jogos conhecidos como RPG (sigla em inglês para Role-Playing
Game – em português jogo
de interpretação de personagens), que são
jogos, com regras pré-definidas, onde os usuários devem manipular seus avatares
(personagens) para ocuparem territórios (fictícios ou não) de outros jogadores,
conviver com outros usuários, ou simplesmente coletar recursos para uma
determinada “civilização” existente no jogo. É importante dizer que existem
diversos jogos desse tipo, que podem ser trabalhados em formato impresso, ou
estão a disposição na internet.
Um jogo interativo bastante conhecido e que
demonstra a importância do conhecimento geográfico para o seu manuseio é o “WAR”
(cuja tradução da lingua inglesa significa GUERRA), onde os jogadores disputam
os territórios em um mapa-mundi, dividido em regiões (Europa, Ásia, África,
América do Norte, América do Sul e Oceania). Neste jogo, disponivel em formato
impresso e digital (on line), cada
participante deve ocupar o território inimigo, utilizando-se para isso de seus
exércitos, que atacam os exércitos inimigos. Na figura 2 vemos a tela principal
deste jogo, onde os conhecimentos das estratégias geográficas podem definir o
vencedor.
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Figura 1: Tela do jogo WAR on line. Fonte: http://www.waronline.com.br/ |
Seguindo esta mesma tendência mostrada no jogo WAR, de jogos estratégicos de guerra, que trabalham as potencialidades dos povos e guerreiros, e que consideram as estratégias geográficas em um campo de batalha fictício, que possibilitam ao usuário a interação on line com outros usuários do mundo inteiro pela internet, podemos destacar o jogo chamado de Lord of Ultima (figura 3) onde o usuário deve administrar uma cidade que está em constante ataque de outras “civilizações”. A figura abaixo mostra visualização inicial deste jogo.
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Figura 3: Tela do jogo Lord
of Ultima on line. Fonte: http://www.lordofultima.com
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Jogos desse tipo, apesar de
trabalharem com realidades alternativas, fictícias, ao inseridas no ambiente
escolar possibilitam ao educador estimular o conhecimento geográfico de seus
alunos, de forma que vejam a importância da geografia no conhecimento do espaço
geográfico para se alcançar um determinado objetivo, e vencer.
Assim como o
jogo WAR, existem outros jogos cuja a base cartográfica está apoiado no
mapa-mundi convencional, que mostra os oceanos, continente e outras
características da superfície terrestre. Nesse caso, o entendimento do espaço
geográfico mundial pode ser explicado pela estratégia que o usuário imprime ao
jogo, onde as características naturais e socioeconômicas de continentes e
países podem ser trabalhadas conforme se observa na realidade.
Não se quer aqui transformar os
jogos interativos como principal objeto de estudo em sala de aula, mas que
estes jogos sirvam como ferramenta na intermediação do conhecimento, para
assuntos diversos que possam estar nos livros didáticos, de forma a tornar mais
dinâmica e atraente a aula de geografia, e para que a aula expositiva do
“quadro-negro” passe a ser mais prazerosa.
Assim, como todo jogo lúdico, que requer o uso da imaginação das pessoas, os detalhes que não são reais devem ser enfatizados e as características principais da superfície terrestre, como se apresentam na realidade, também devem ser apontadas e discutidas criticamente, mostrando aos alunos como a realidade pode ser entendida por meio de um jogo, aparentemente, sem vinculo com os assuntos abordados em sala. A partir disso, os alunos podem aprender que um jogo, nesse formato, com mapas, tem por objetivo “representar” uma realidade real ou fictícia, onde a estratégia geográfica é o diferencial.
Assim, como todo jogo lúdico, que requer o uso da imaginação das pessoas, os detalhes que não são reais devem ser enfatizados e as características principais da superfície terrestre, como se apresentam na realidade, também devem ser apontadas e discutidas criticamente, mostrando aos alunos como a realidade pode ser entendida por meio de um jogo, aparentemente, sem vinculo com os assuntos abordados em sala. A partir disso, os alunos podem aprender que um jogo, nesse formato, com mapas, tem por objetivo “representar” uma realidade real ou fictícia, onde a estratégia geográfica é o diferencial.
A partir do uso desses jogos, os
alunos podem aprender que um jogo nesse formato, com mapas, tem por objetivo “representar”
uma realidade efetiva ou fictícia, onde a estratégia geográfica é o
diferencial. Desse modo, nos dias atuais, é importante considerar o surgimento
dessas ferramentas “interligadas mundialmente”, que se misturam ao conceito de internet. Também na internet estão amostras de metodologias e trabalhos que utilizam a
cartografia digital e que podem ser replicados em outros lugares, por outros
profissionais os quais podem ser adaptados à realidade docente e, dependendo do
assunto, poderá trazer novos questionamentos para o debate em sala de aula.
Assim, é necessário enfatizar que existem diversas outras
ferramentas e atividades direcionadas à otimização das práticas de ensino, não
somente da geografia, mas de outras disciplinas escolares, que atraem cada vez
mais os alunos a aprender praticando em ambiente computacional, saindo do
ambiente “estático” oferecido pelos livros didáticos (SILVA, 2013).
Também devemos frisar que a elaboração ou aplicação de
ferramentas como jogos digitais, assim como o uso de todos os outros tipos de
metodologias de ensino, devem obedecer ao tipo do usuário ao qual vai
ser disponibilizada; pois o aplicativo deve ser pensado segundo a uma
hierarquia de usuários (novato, intermediário e avançado), que deverá ter
restrições e permissões diferenciadas, para o caso de modificações, upload e
donwload. Contudo, é importante reconhecer que os jogos interativos
digitais, na atualidade, são importantes ferramentas de difusão de
informações espaciais e tem grandes possibilidades de ser uma das principais
ferramentas de divulgação das informações geográficas.
Com isso, espero ter contribuído
com este breve entendimento sobre jogos interativos digitais para o ensino do
espaço geográfico. Também desejo ter estimulado novos escritores a desenvolverem
outros textos sobre esta temática para
que, por ventura, tornemos os jogos digitais não apenas meros meios de
entretenimento, mais também potenciais ferramentas de ensino e aprendizagem. Até
a próxima...
NEVES, S. C. O; NASCIMENTO, D. C.
S. & CARVALHO, J. S. A cartografia associada ao jogo de tabuleiro como um
importante recurso didático para o ensino de geografia. In: SILVA, C. N.;
CAETANO, V. N. S; OLIVEIRA NETO, A. Ensino
de geografia e representação do espaço geográfico. Belém: GAPTA/UFPA, 2013,
p. 307-330.
TUPY, F. Videogames e geografia: um marco de intersecção nas paisagens reais, virtuais, lúdicas e de aprendizagem. In:
SILVA, C. N.; CAETANO, V. N. S; OLIVEIRA NETO, A. Ensino de geografia e representação do espaço geográfico. Belém: GAPTA/UFPA, 2013, p. 33-46.
SILVA, C. N. A representação espacial e a linguagem cartográfica. Belém: GAPTA/UFPA, 2013.
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Nota:
*
Para Tupy (2013) um Geo-jogo é todo jogo interativo que possibilita ao usuário desenvolver
ainda mais seu conhecimento sobre geografia e do espaço geográfico.
Pós Graduação EaD